Seis meses após a sanção da Lei 15.100/2025, que proíbe o uso indiscriminado de celulares em escolas públicas e privadas durante aulas e intervalos (exceto para fins pedagógicos), já aparecem resultados positivos em várias frentes.
Segundo reportagem recente, instituições registram melhora no desempenho acadêmico e redução no cyberbullying.
Vamos analisar o cenário atual, balanços, avaliações, críticas e os principais desafios, revelando como a medida tem influenciado a realidade escolar. Segue o fio.
Efeito da lei que tirou o celular da escola – Resultados observados
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Escolas relatam ganhos expressivos nas notas, principalmente em disciplinas core como matemática e linguagem. Em algumas regiões, houve incremento de até 20% nas médias das turmas.
Estudantes do 8º e 9º anos também apresentaram maior chance de atingir níveis adequados em matemática.
O interesse por leitura aumentou, com crescimento nos empréstimos de bibliotecas escolares. Esses dados são reforçados por relatos de diretores e professores, que observam aumento da concentração em sala de aula e participação ativa dos alunos.
Queda no cyberbullying e aumento da interação social
O cyberbullying também registrou queda significativa. Escolas informam que os intervalos se tornaram mais sociais, com menos isolamento por tela e mais conversas, jogos físicos e interação entre alunos.
Alunos relatam menos comportamentos tóxicos e um ambiente escolar mais acolhedor. Muitos reconhecem que ficar longe do celular tem feito bem à saúde mental e à convivência. Diretores também notam queda nos conflitos e maior sintonia entre alunos e professores.
Perspectivas de especialistas e críticas
Estudos internacionais apontam que proibir celulares por si só não garante melhora no desempenho ou bem-estar. Especialistas alertam que a medida precisa vir acompanhada de outras ações pedagógicas e estruturais.
Importância da educação para o uso saudável
Mais importante do que apenas restringir é ensinar o uso consciente da tecnologia. Sem educação digital, os jovens continuam vulneráveis a vícios de tela, manipulação de algoritmos e práticas nocivas mesmo fora do ambiente escolar.
Especialistas defendem que a legislação seja um ponto de partida para enfrentar o design manipulativo das redes sociais e orientar crianças e adolescentes de forma ética e responsável.
Desafios de infraestrutura e desigualdade
Representantes estudantis alertam que a medida pode acentuar desigualdades se a escola não oferecer alternativas tecnológicas dentro da sala de aula. O temor é que alunos com menos acesso à tecnologia fiquem ainda mais vulneráveis ou excluídos.
Estratégias adotadas pelas escolas
Muitas escolas adotaram protocolos estruturados: caixas para guardar celulares, advertências e diálogos educacionais com alunos e famílias. Em alguns estados, alunos assinam termos de compromisso junto aos responsáveis para garantir o cumprimento da norma.
Oferecer alternativas atrativas
Escolas introduziram atividades lúdicas, esportes, oficinas, jogos de tabuleiro e dinamizaram as bibliotecas, criando um ambiente mais engajador. Isso ajuda a preencher os intervalos com interações reais e promove a socialização entre os alunos.
Apoio psicossocial e formação de professores
A lei prevê que secretarias e escolas ofereçam formação periódica para identificar sofrimento psíquico, além de espaços de acolhimento. Essas ações complementam a proibição e fortalecem a saúde emocional da comunidade escolar.
Considerações finais
Após seis meses da entrada em vigor da Lei 15.100/2025, os primeiros resultados são promissores: aumento do rendimento escolar, leitura mais frequente, menos cyberbullying e mais convivência social nas escolas.
No entanto, dados e especialistas indicam que a proibição, por si só, não basta!
É preciso investir em educação digital, estratégias de saúde mental, infraestrutura tecnológica e formação docente para formar cidadãos mais conscientes e preparados.
O movimento desencadeado pela lei deve continuar avançando com ações integradas: uma escola que não só proíbe, mas que também educa, acolhe, dialoga e oferece alternativas reais.
E vocês pais e professores, o que acham disso tudo?